O segundo
Triunvirato
Depois da
morte de César, três homens fortes e cesaristas juntaram-se e formaram um novo
Triunvirato, na intenção de dividirem entre si o governo no mundo romano.
Esses homens
foram Marco António, Octaviano César e Lépido.
Dividiram o
território para governar até que entraram em conflito entre si. Marco António
casou com Cleópatra, de quem teve filhos. Mas foi um escândalo e Octaviano
acabou por o derrotá-lo e Marco por se suicidar, tal como Cleópatra, para
evitar ser morta em Roma.
Octaviano,
depois de derrotar Lépido e Marco António, ficou senhor único do mundo romano.
Os senadores concederam-lhe até a honra de ter o nome de Augusto, que só de
dava aos deuses. Acabou por ser adorado como um Deus. Deu-se bem com os
senadores, mas também distribuiu benefícios pelos povos das regiões conquistadas. Assumiu o comando supremo de todos os exércitos
e favoreceu artistas, escritores e poetas.
Assim, se
iniciou o Império Romano. Augusto governou desde o ano 27 a.C. até ao ano
14 d.C., foi o primeiro imperador.
Sucederam-lhe
várias dinastias de imperadores, que se consideravam como deuses e muitas vezes
eram grandes tiranos, e cometeram as maiores atrocidades, como
Calígula, que deu um cargo politico ao seu cavalo e mandou matar muita gente.
Como Nero. que mandou matar a própria mãe, o seu irmão e as suas duas esposas.
Já o
imperador Trajano governou com paz e prosperidade. Tal como a dinastia de
Adriano e Marco Aurélio.
O cristianismo e as perseguições aos cristãos
Na época do
imperador Augusto, a Palestina já pertencia ao Império Romano. Na Palestina vivia
o povo judeu, que praticava uma religião monoteísta, ou seja, adorava um único Deus -
Jeová.
Jesus Cristo
nasceu na Palestina e era judeu, mas depois de adulto, abandonou as práticas do
judaísmo e pregou uma nova religião, o cristianismo.
Foi
considerado uma ameaça e apesar de nada existir contra ele foi condenado à pena máxima - crucificação.
Os apóstolos
de Jesus continuaram a espalhar a sua palavra e mensagem, muita gente se converteu à nova
religião.
Os Romanos
eram politeístas, adoravam muitos deuses e não aceitavam os cristãos, pelo que, foi ordenado, muitas vezes, massacres coletivos. Foram queimados em fogueiras, outros pregados
na cruz e lançados a feras.
Mas os
cristãos apesar dos sacrifícios mantiveram-se firmes na sua fé.
Só no ano de
313, o imperador Constantino pôs fim às perseguições e deu liberdade de culto
aos cristãos assinando o Édito de Milão.
No ano de
391 o imperador Teodósio reconheceu o cristianismo como religião oficial do
estado romano e mandou encerrar os templos de todas as outras religiões.
A queda do Império Romano
Depois da
morte de Teodósio, no ano de 395, o Império romano dividiu-se em dois: o
Império Romano do Oriente, que incluía territórios desde a Grécia à Ásia Menor,
grande parte do Norte de África, incluindo o Egito, ilhas de Chipre e de
Rodes.
O Império
Romano do Ocidente, que abrangia a Itália, a Península Ibérica, a Gália, a
Britânia, as ilhas de Córsega, Sardenha, Sicília e Baleares e ainda uma faixa
do Norte de África.
A partir do
século IV, o Império Romano começou a ser invadido por
povos Bárbaros e foi sendo conquistado em parcelas e dando origem a novos
reinos.
O Império
Romano do Oriente manteve-se mais dez séculos, até ao ano 1453, data em que os
turcos otomanos conquistaram Constantinopla.
A família
romana
Os romanos
valorizavam muito a família, inclusivamente, os seus antepassados, de quem
faziam mascaras de cera que exibiam nas paredes.
O núcleo
familiar era constituído pelo pai, pater famílias, que tinha a autoridade absoluta sobre a
mulher, sobre os filhos, sobre os criados, sobre os escravos e sobre os
escravos libertos.
Era
permitido o divórcio. O homem é que decidia e podia depois casar com outra mulher.
Apesar de que e desde que a família concordasse, a mulher também podia pedir o
divórcio.
As mulheres
nobres, as matronas, gozavam de muita liberdade e eram muito
respeitadas. Visitavam amigas, iam às compras, às termas. Deslocavam-se
nas liteiras, porque não era bonito as mulheres nobres andarem a pé.
A adoção era
um hábito entre os romanos, mesmos os que já tinham filhos.
Além da sua
família, os nobres sustentavam um grupo de homens livres a que chamavam
clientes.
Deuses, adivinhos e práticas religiosos
Os Romanos
eram politeístas, ou seja, adoravam vários deuses. O Deus supremo era Júpiter,
e Juno a sua mulher.
Na época do
império, os imperadores passaram a ser considerados divinos e venerados como
autênticos deuses.
Entre os
romanos havia muitas cerimónias, rituais e festas religiosas que decorriam nos
templos para prestar culto aos deuses, em altares ao ar livre ou em casa
de nobres.
Além de
rezas, invocações, sacrifícios de animais e manutenção de fogos sagrados, os
romanos dispunham de práticas de adivinhar o futuro. Essas práticas estavam a
cargo dos áugures, homens nobres a quem era reconhecida capacidade de
adivinhação, porque captavam certos tipos de sinais, como o voo das aves, o
comportamento de certos animais vivos, ou observando as vísceras de animais
sacrificados. Sempre que havia um acontecimento importante para Roma, os
responsáveis convocavam o áugure para fazer o augúrio.
A palavra
inauguração que significa cerimónia de abertura tem origem nesta prática romana.
Quando eram
chamados vestiam uma toga especial, empunhavam um bastão curvo muito trabalhado,
como símbolo do seu poder, e eram muito bem pagos pelos serviços que prestavam.
Diversões,
jogos e espectáculos
O calendário
romano tinha muitos dias festivos dedicados aos deuses. Chegaram a ser 150 por
ano. As diversões podiam ser jogos, lutas entre gladiadores, peças de teatro,
leitura de poemas, corridas de cavalos, lutas entre animais: leões contra
tigres, touros contra leões, elefantes contra tigres, etc.
Inicialmente,
as lutas realizavam-se em praças com bancadas mas depois foram construídos
estádios, teatros e circos de tijolo e pedra.
Nas lutas de
gladiadores, o povo romano ficava muito entusiasmado, tal como nas corridas de
cavalos que eram realizados em circos. As corridas mais apreciadas eram as de
carros de quatro cavalos, as quadrigas. Já existindo o hábito de fazer apostas.
Como os
romanos davam grande importância à higiene do corpo e construíram edifícios
imponentes especialmente destinados a banhos públicos, as termas.
Construíram
aquedutos para captar água doce e transportá-la para onde fosse necessária de
modo a abastecerem as vilas e as cidades.
Construíram
tanques, sistemas de regas para os campos, sistemas de circulação de água para
as habitações mais ricas. Só os pobres que viviam em prédios é que não tinham
abastecimento de água, mas não faltavam fontes espalhadas pelos bairros de Roma
e de outras povoações do império.
As termas
eram geralmente decoradas com mármores, estátuas e mosaicos
representando cenas variadas. Tinham aquecimento central à base de lenha.
Havia compartimentos para os cidadãos trocarem de roupa, porque se banhavam
nus, outros para a prática de desportos como corrida, jogos de bola, etc. Havia
também salas para as pessoas conversarem e suavam (espécie de sauna), havia
piscinas de água fria.
Junto às
termas, geralmente rodeadas de jardins, existiam bibliotecas, museus, vendas de
comida, lojas com todos os géneros de produtos.
As mulheres
e as crianças iam ao principio da tarde, e os homens ao fim da tarde, porque os
mesmos edifícios serviam para ambos os sexos e eram usados por pobres e ricos
porque eram gratuitos e local de encontro e convívio.
A contagem
do tempo entre os Romanos
O ano
dividia-se em 12 meses: Januário, Februário, Márcio, Abril, Maio, Junio, Julio
(em honra de Júlio César), Augusto (em honra de Augusto), Setembro, Outubro,
Novembro, Dezembro. O primeiro dia de cada mês chamava-se Calendas. O décimo e quinto
dia dos meses de Márcio, Maio, Júlio e Outubro chamavam-se Idos. Nos outros
meses os Idos eram o 13.º dia.
A semana
tinha 7 dias com os seguintes nomes: Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vénus,
Saturno, Sol.
As horas
dividiam-se em horas do dia (hora prima, secunda, tertia, quarta, quinta,
sexta, septima, octava, nona, décima, undécima, duodécima e acabava ao pôr do
sol) e horas da noite que eram oito e se chamavam vigílias. O instrumento que
marcava as horas eram os relógios de sol colocados em jardins particulares ou
em lugares públicos. Os relógios de água, as clepsidras também eram usadas, mas
apenas marcavam a passagem do tempo.