domingo, 24 de abril de 2016

Sobre mim...

Olá a todos! Sejam muito bem-vindos ao meu blog!

Sou o Gonçalo Silva e sou aluno da escola do Montenegro,  da turma do 7ºD.

Criei este blog com o propósito de apresentar um livro que precisamos de ler até maio, cumprindo o guião de leitura proposto pela nossa professora Elisa Cardoso, da disciplina de História.
De várias opções que tinha, para apresentar o meu trabalho, como Prezi, Movie Maker, Picasa, escolhi o blog, por curiosidade, porque desconhecia como criar e “alimentar” tal ferramenta informática, e acredito que é interessante e diferente de tudo o que tinha usado até ao momento. O objetivo é fazer um post, por cada capítulo,  e porque o livro para além de ser de ficção também nos dá a conhecer o Império Romano e tudo o que caracterizou aquela  época rica, resumir parte da história e no final refletir sobre a obra.

E até tenho a ousadia de pedir a quem me lê que comente ou deixe uma mensagem.

Quem sabe se não estou a ajudar outros alunos a conhecer esta obra e a gerar a curiosidade para a lerem!

O livro

Adotei, o livro "Em Roma Sê Romano", da escritora Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com ilustrações de Arlindo Fagundes, da editora Caminho.

Este livro pertence à coleção Viagens do Tempo, tendo como número, o 16. O modelo que temos faz parte da 4ª edição, publicado a julho de 2015, em Guide. 
Este livro chamou-me à atenção, porque pareceu-me interessante, divertido de ler, e diferente de todos os outros que me propuseram. 

A obra está dividida em capítulos e relata-nos sobre “documentos antigos” que revelam segredos e deixam no ar a suspeita de crime provocado por uma mulher linda “de morrer” e “má como as cobras”, mas que muitos homens não conseguiam resistir à sua beleza e personalidade.

A obra é de ficção, porque têm personagens atuais, do nosso século, Orlando, Ana e João que viajam numa máquina do tempo, para Roma "antiga" onde se passa todo o enredo.

Partem à descoberta da verdade e são apanhados num autêntico remoinho de cenas fortes e de emoções: lutas de gladiadores, paixões proibidas, venenos, fugas, adivinhos em ação, etc, etc. 
Cenas essas, que apesar de se tratarem de ficção,,são baseadas em factos reais da época, dos seus modos e costumes.  Como viviam e se agrupavam, as pessoas em sociedade, principalmente, os senadores e os que ocupavam grandes cargos, como os nobres, suas vestes, ocupações,  as suas crenças, medos e até desportos favoritos.

Orlando é cientista e um velho amigo de João e Ana, que são dois adolescentes normalíssimos, sempre à procura de viverem grandes aventuras. Têm os três em comum o facto de serem muito curiosos e gostarem de desvendar mistérios.

E depois de decidirem viajar ao passado, à época conhecida como a do grande Império Romano, já não se podiam  escapar porque, como diriam os romanos em latim "alea jacta est" ou seja "os dados estão lançados". E, quando assim é, não se pode voltar atrás. 


Todas as outras personagens, como o Senador Quinto Flávio, a sua ex mulher Sílvia, a sua atual, Paulina, os seus filhos, os seus escravos, os gladiadores, entre outras, que vivem na cidade de Roma, onde se passa toda a história, são personagens da época Romana, que se vestem e agem, ao longo de toda a história, como se vivia na época.  





sábado, 9 de abril de 2016

As autoras do livro

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada são professoras e duas grandes viajantes. Ficaram famosas pela coleção de livros juvenis 'Uma Aventura' alcançando mais de 50 títulos editados e adaptações para televisão e cinema.

Os seus livros, que marcaram uma viragem na história da literatura infantil portuguesa refletem a longa e rica experiência educativa, são eco de uma infância e juventude particularmente felizes e traduzem o enorme talento das duas em comunicar com os mais novos.

Ana Maria Magalhães nasceu em Lisboa a 14 de abril de 1946, no seio de uma enorme família onde as crianças ocupavam o primeiro lugar. A casa albergava pais, avós uma tia viúva que contava muitas histórias. Recebiam muitos tios e primos que passavam, oriundos do Porto, da Régua, de Moncorvo, trazendo consigo outras histórias e linguagens e expressões diferentes. A sua infância e juventude foram pois muito alegres e com muita troca de experiências humanas.
Licenciou-se em Filosofia e em Psicologia. Casou aos 21 anos de idade, ainda estudante e começou a trabalhar na Escola Inglesa Cambrigde School e depois no Gabinete de Estudos dos Serviços de Apoio à Juventude do Ministério da Educação.
Foi professora de História de Portugal em Moçambique. E depois em Portugal. Mais uma vez e porque teve contactos com várias culturas pelas várias escolas onde lecionou, e onde formou outros professores, permitiu-lhe vivenciar várias experiências.
O Ministério da Educação chamou-a para integrar a equipa que se ocupou da Reforma do Sistema Educativo, e participou em outras atividades ligadas a este Ministério.

Mas é principalmente conhecida por ter escrito a coleção "Uma Aventura", em dupla com Isabel Alçada. 

Isabel Alçada, nasceu em Lisboa a 29 de maio de 1950, em Lisboa. Filha mais velha de uma família maioritariamente feminina.
A casa estava sempre cheia de tios e primas de todas as idades, gente muito alegre e comunicativa. O seu pai convidava muitos amigos, organizando muitos passeios e jogos, piqueniques e viagens.
Era um grande contador de histórias.
Licenciou-se em Filosofia. Casou, teve uma filha e começou a trabalhar na Psicoforma.´- Centro de Formação e Orientação Profissional.
No dia 25 de abril foi admitida no Ministério da Educação, primeiro como técnica da Direção-Geral Permanente da Educação, em 1975. Em 1976 tornou-se professora do ensino básico.
Foi diretora do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa. Começou a trabalhar no Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Educação. Assumiu o cargo de Administradora da Fundação de Serralves, em regime de voluntariado.

Formou com Ana Maria Magalhães, uma dupla na escrita infanto-juvenil em 1982. Nesta mesma data escreveram a sua primeira coleção, como já tínhamos falado, "Uma Aventura".

Da coleção Viagens no Tempo, os livros mais conhecidos são: 
"Uma viagem ao tempo dos Castelos", "uma visita à Corte do rei D. Dinis", "O Ano da Peste Negra", "Uma Ilha de Sonho", "O Dia do Terramoto", "Mataram o Rei", entre outros.



I Capítulo - Mistério antigo

O primeiro capítulo conta-nos um encontro de dois irmãos, Ana e João com o cientista de nome, Orlando.
Este último estava curioso com a descoberta que tinha feito quando visitou o seu amigo Renato, nas suas férias passadas, em Roma.
A casa de Renato estava em obras, mais propriamente escavavam o seu quintal para construir uma piscina, quando encontraram vestígios subterrâneos de uma casa com mais de 2000 anos e um cofre de ferro com rolos de papel, manuscritos com palavras escritas em latim, algumas decifráveis.
Orlando mostrou a Ana e João um dos manuscritos que trouxe com ele, que por mais esforço que fizesse não conseguia ler as letras porque se encontravam esborratadas.

Estavam muito curiosos e tinham que descobrir quem era e como vivia a família que há 2000 anos tinha vivido naquele espaço que agora o Renato queria fazer a sua piscina.

As poucas palavras que conseguiram decifrar referem-se a uma mulher chamada Sílvia. Quem escreveu dizia que as pessoas a odiavam mas também a adoravam.
Sílvia era inteligente e má mas quando chegava, quem com ela comunicasse, obedecia às suas ordens. Devia ser uma pessoa infernal!
Lia-se que tinha a voz quente e enlouquecedora. O escritor dos pergaminhos confessava que sonhava com Sílvia e sentia arrepios. Tudo indicava que estava apaixonado.
Pela descrição percebeu-se que alguém chamado Flávio encontrava-se com Sílvia às escondidas por detrás do Templo de Vénus. Mas, um dia, Sílvia levou com ela frascos com veneno mortal e só podia ser para matar o Senador Quinto Flávio.
Quem escreveu, tais palavras,  que devia ser criado ou escravo e não podia avisar ninguém, apesar das provas. Sílvia estava no mercado e não o tinha visto com o cozinheiro. Estava atormentado porque se apercebeu que podia haver uma coisa terrível e não podia fazer nada.

Terá havido crime? Perguntaram Ana e João ao Orlando.

Tinham a máquina do tempo e queriam muito saber o que tinha acontecido. Não podiam fazer nada, nem mudar a história. Mas Orlando sabia quando tudo tinha acontecido e tinha de os visitar.
Decididos a viajar no tempo, na sua máquina, concluíram que terminada a viagem, podiam utilizar a frase de César quando venceu o rei do Ponto: Veni, vidi e vici.

Curiosidades:
. Os Romanos falavam latim.
. Alguns escravos ou criados Romanos, sabiam ler e escrever.

II Capítulo – Um mergulho com dois mil anos


Orlando, Ana e João, antes de entrarem na máquina do tempo, tiveram que se vestir a rigor, com as roupas e calçado da época.
Ana escolheu umas sandálias com tiras de cabedal que atavam ao tornozelo e uma túnica amarela. Até se achou gira!
Por sua vez, João estava perplexo diante das vestimentas masculinas. Enrolavam primeiro um pano branco junto ao corpo e depois enfiavam uma túnica pela cabeça e atavam-na com um cinto. João escolheu uma túnica vermelha mas sentiu-se mal porque era como vestir uma saia. “Em Roma, sê Romano”, respondeu-lhe Orlando.
Continuou relutante quando foi a hora de se pentear. Tinha que usar franja.
A Ana teve que fazer risca ao meio, com o cabelo apanhado na nuca, preso com ganchos e uma fita de pano da cor da túnica para enfeitar o penteado.
Já Orlando vestiu-se de igual modo mas por ser adulto teve que colocar, por cima, um pano de lã fininho e comprido de modo a ficar às pregas. Era uma toga.
Chuparam uma pastilha para falarem latim, Orlando carregou no botão do comando, tipo da TV, que emitiu um raio de luz brilhante e estavam prontos para viajar na máquina do tempo. Em dois segundos retrocederam 2000 anos na história.
Foram parar no Fórum, no meio de uma multidão que, nas bancadas de madeira construídas em degraus à volta de um espaço bastante amplo que estava coberta de areia muito bem alisada, gritavam à espera do espetáculo de luta, entre gladiadores, em que só um sobrevivia.
A Ana não aguentou com tanta monstruosidade e chorou.
O João ficou muito entusiasmado quando o vencedor deu a volta à arena com uma folha de palmeira na mão direita.



Curiosidades:
.Os Romanos não calçavam sapatos nem meias, apenas sandálias muito fininhas e maleáveis e botas para soldados.
.Os homens e mulheres vestiam roupas iguais.
.Existia o Fórum que é uma grande praça rodeada de lojas, templos, tribunais e edifícios para reuniões, sempre cheia de gente.



III Capítulo – Uma cicatriz em forma de estrela

Do segundo combate, Ana quase não assistiu a nada.
Um dos homens levava uma espada curta, na mão direita e um escudo retangular na esquerda. O outro, em vez de espada, empunhava um garfo, gigantesco, de seu nome tridente. Na outra mão transportava uma rede com chumbos nas pontas como a dos pescadores.
O homem que tinha a espada conseguiu desarmar o inimigo e venceu o combate.
O público não levantou lenços brancos e o vencedor espetou a sua faca, várias vezes, no corpo do derrotado, quando este estava já deitado no chão.
Depois do combate, um cavaleiro que ia a tentar furar pelo meio da multidão, perdeu o controlo do cavalo, que empinando suas patas, derrubou Orlando, ferindo-o na testa.
O cavaleiro preocupado com Orlando, levou-os até uma estalagem que ficava numa rua estreita.
Uma senhora de nome Sara, que o cavaleiro tinha falado, apareceu  e sem  perguntar a Orlando o que se tinha passado, tratou dele.
O homem disse-lhes que era treinador de gladiadores.
Orlando estendeu-se numa cama de madeira com um colchão de palha e com a almofada também de palha. Estava tão cansado que adormeceu rapidamente. Ana ficou num compartimento mesmo ao lado, onde só havia uma cama.
João não tinha sono, então resolveu ir até ao piso debaixo ter com os gladiadores.
João teve uma surpresa tão inesperada que se engasgou com a sua própria saliva e tossiu. Tinha visto um homem que bebia regularmente, nas suas costas e na sua mão uma cicatriz uma estrela do mar exatamente igual à do gladiador que ele vira morrer na arena.







IV Capítulo- Revelação inesperada


Um escravo serviu vinho a todos os homens que permaneciam acordados e na conversa.
João detestou o vinho mas fingia que o bebia. Pensou se era possível o homem da cicatriz, tivesse sobrevivido a tantos golpes.
Todos os homens cantavam, bêbados, em coro:

Cuidado com o gladiador
Quem não tem medo da morte
E quando toca ao amor
É o homem com mais sorte...

Quando todos os homens se foram deitar, João foi atrás de Terêncio (dono da estalagem) para saber como tinha ficado o senhor da cicatriz, que se chamava Énio. Terêncio disse-lhe que não tinha morrido, apenas tinha sacos de sangue de porco no peito, que é igual ao dos homens, na barriga, e outro junto da virilha, para que o publico pensasse que o gladiador tinha mesmo morrido.

Curiosidades: 
.Em Roma, naquela época já havia um sistema de esgotos e a grande parte das latrinas estavam ligadas à grande cloaca da cidade.


V Capítulo - Em casa dos Flávios

No dia seguinte, logo que se levantou, Orlando procurou alguém para lhe indicar onde era a casa do Senador Flávio. Fingiram ser parentes que vinham de Arpino.
Terêncio conhecia o Senador Flávio que já não via há muito tempo e por isso ofereceu-se para acompanhá-los a sua casa.
Orlando, João e Ana seguiram Terêncio pelas ruas estreitas de Roma, pelas Sete Colinas, apinhadas de gente que se deslocavam a pé, de cavalo ou de carroça.
Tentavam observar tudo o que viam,  ouviam e cheiravam. Ana e João comparavam alguns utensílios que as pessoas daquela época utilizavam  e o que eles utilizavam nos seus dias.
A casa de Quinto Flávio ficava na encosta do Monte Palatino, escolhido por muita gente rica para mandar erguer as suas belas mansões rodeadas de jardins e de muros altos.
Quando entraram, o porteiro conduziu-os através de um compartimento que tinha as paredes cobertas de caras de homens moldadas em cera branca, que eram as máscaras dos antepassados ilustres. Adiante, entraram num pátio interior rodeado de colunas e com um lago onde nadavam peixes vermelhos. Minutos depois, apareceu um homem robusto, sem rugas mas com pouco cabelo que os abraçou, contente por pensar que eram seus parentes.
Chamou pelo escravo Apolónio para que chamasse o resto da sua família. João e Ana pensaram logo que aquele escravo só podia ser o autor dos escritos que tinham lido em casa de Orlando. Era novo, de pele clara, olhos pretos, enormes e pestanudos.
Terêncio despediu-se e foi-se embora.
O Senador apresentou-lhes a sua mulher Paulina, que não passava de uma rapariga vulgaríssima,os seus dois filhos rapazes, de idade próxima de João e Ana, Cómodo e Camila, filhos de um anterior casamento e Lavínia, sobrinha de Paulina, que tinham adotado.
Mais tarde, apareceu na sala uma mulher lindíssima, que só podia ser a Sílvia. Era alta, loira, de túnica azul, muito elegante, de olhos azuis que cintilavam como se tivessem luz própria, o nariz era perfeito, boca grossa e rosada e cabeleira farta.

Houve um desentendimento, entre o Senador  e a sua ex mulher Sílvia, por causa dos filhos de ambos. Sílvia estava furiosa porque não os tinha entregue conforme estava combinado. Sílvia foi-se embora, com os dois filhos, e deixou para trás um terrível mal-estar e um cheiro intensíssimo a perfumes exóticos.

Curiosidades:
. Era costume nos Romanos, quando morria alguém da família encomendar uma luta entre gladiadores, pensavam que era uma boa maneira de agradar os deuses.





quarta-feira, 6 de abril de 2016

VI Capítulo - Confidências escaldantes

Logo que Sílvia e os filhos saíram, o Senador tentou desanuviar o ambiente, mas via-se que estava muito aborrecido com os disparates que ela disse.
Paulina estava sentada e muito pálida, tendo o marido perguntado se ela se sentia bem. Paulina respondeu-lhe que tinha a garganta seca.
Depois de ter bebido um copo de água, Paulina caiu redonda no chão, parecendo que estava morta, com a boca entreaberta, olhos fechados e gelada.
Orlando ao medir-lhe o pulso, viu que era apenas um desmaio, uma vez que o coração batia.
Depois do Senador ter levado Paulina para o quarto, ordenou a Apolónio que fosse chamar o médico de família, mas entretanto, Orlando disponibilizou-se a observar a doente enquanto o médico não chegasse. O Senador aceitou a proposta de Orlando.  
Os dois irmãos ficaram desconfiados das verdadeiras intenções de Orlando. Este ordenou que João e Ana fossem com Apolónio.
No quarto com Quinto Flávio, Orlando fez uma afirmação subtil, de que a causa do desmaio foi um ataque de nervos por ter aparecido Sílvia.
O Senador sentiu necessidade de desabafar e confirmou que ela ultimamente tem feito a vida deles num inferno.
Depois de ter chamado uma escrava para que acompanhasse o sono de Paulina, levou Orlando para um pequeno escritório, onde desabafou.Os mesmos desabafos que o Senador fazia com o Orlando, sobre a vida que teve com Sílvia, Apolónio também tinha com os dois irmãos na viagem que faziam até Roma.
Apolónio contou-lhe desentendimentos do casal, uma vez que dormia debaixo do quarto do Senador, e nas tábuas do chão havia uma frincha que permitia ouvir as conversas deles e por isso referiu que Sílvia queria divorciar-se porque tinha a mania das grandezas, e tantas foram as exigências que lhe deu cabo  da fortuna, tendo ficado com dividas. Foi então, que Sílvia propôs ao Senador que casasse com Paulina, que é riquíssima,
Paulina foi imposta ao Senador pela Sílvia porque este nem sequer a conhecia.
A intenção de Sílvia era que o Senador lhe fosse dando dinheiro nas visitas escondidas que lhe iria continuar a fazer sem que Paulina soubesse. O que ainda aconteceu por muitas vezes.
Entretanto, o Senador começou a gostar de Paulina  porque esta era doce e carinhosa, e a pouco e pouco, deixou de fazer visitas escondidas à Sílvia, passando a enviar o dinheiro suficiente para ela viver, pelo Apolónio.
Sílvia ficou furiosa com tudo isso, desconfiando Apolónio que esta quis matar Paulina, através do cozinheiro, para que o marido ficasse viúvo e rico, e assim pudesse voltar a casar com ele de novo.
Os irmãos perguntaram a Aoplónio porque nunca tinha contado a história ao Senador, este disse-lhes que não tinha provas e além disso era escravo pelo que não sabia o que lhe podia acontecer.
Tiveram uma ideia que era ir buscar o médico e pelo caminho, Apolónio lhe sugerisse que talvez Paulina tenha comido alguma coisa que lhe fez mal, que seria bom interrogar o cozinheiro.

Desataram a correr, e pelos azares, o médico não estava nem voltaria nos próximos dias porque saíra de Roma.

VII Capítulo - Plano audicioso

Ana propôs uma solução que era irem à estalagem de Florêncio,  procurar por Sara.
Então, assim o fizeram.Quando chegaram, o empregado disse que não estava ninguém na estalagem. Ficaram na sala de espera a aguardar por Sara. Enquanto lá estavam, o empregado foi às compras.
Apolónio como estava demasiado agitado pediu para que os dois irmãos ficassem lá enquanto ele ia procurar outro médico. Assim o fizeram.
Os dois irmãos ouviram duas vozes femininas através de uma frincha das tábuas do tecto. Ana captou a palavra "veneno" e João "morta". Imaginaram que pudesse ser a Sílvia a conspirar com a Sara ou com outra pessoa, para arranjar veneno para matar Paulina.
Pé  ante pé dirigiram-se aos quartos do primeiro andar para escutarem melhor as conversas. Concentraram-se de tal forma que não ouviram passos no corredor e apanharam um susto quando olharam para trás e lá estava Terêncio.
João e Ana contaram tudo o que tinha acontecido e a razão porque lá estavam na estalagem.
Terêncio contou-lhes que se tinha apaixonado por uma vestal*, de seu nome Metela, com a qual está impedido de falar, por isso preparou um plano para puderem ficar os dois, porque ela também sempre que sai do templo e vai para casa, o olha fixamente demonstrando igual sentimento por ele.
Contou que Sara fez um veneno para Rubila (cozinheira) levar para casa das vestais para dar a bebê-lo a Metela, para que parecesse que tinha morrido.
Quando as vestais a levarem para o lugar  onde se constrói a pira de madeira para queimar os cadáveres, Terêncio provoca um acidente.
Terêncio conseguiu arranjar o corpo de uma que tinha mais ao menos a mesma idade e o mesmo físico. Sara cortou-lhe o cabelo, pintou-o de ruivo, pôs-lhe a fita vermelha na cabeça e vestiu-a com uma túnica feita de tecido igual ao das vestais. Terêncio irá trocar os corpos. Quando o carro da Metela já estiver muito perto da fogueira, provoca um acidente, no meio da barafunda, troca os corpos e pronto!
Ana e João não tiveram a coragem de dizer que era um plano fenomenal.
Entretanto, Apolónio estava na porta junto de um médico. João e Ana saíram e desejaram sorte a Terêncio.
Quando chegaram a casa do senador, o médico foi levado até ao quarto onde Paulina continuava deitada e Ana e João foram à procura de Orlando.
Encontraram-se numa casa destinada a hospedes e aí contaram tudo o que Apolónio lhes tinha revelado e o que Terêncio lhes tinha dito.Orlando ficou varado.
Apolónio interrompeu-lhes a conversa e disse que o Senador os mandou chamar, era urgente.


*Vestal- são mulheres que não podiam falar com homens.

VIII Capítulo - O áugure e o voo dos pássaros


Quinto Flávio despediu-se do médico com muitos sorrisos e com gestos de amizade.
Paulina não estava doente, mas sim grávida de Quinto Flávio que estava ansioso para que fosse uma menina.
Quinto Flávio pediu a Apolónio que fosse chamar o áugure.
Era um homem alto, robusto que devia ter mais ao menos a idade do Senador.Vestia uma túnica e levava um bastão comprido e encurvado na ponta.
No átrio começou a cerimonia, que todos assistiam. O áugure ergueu o bastão e traçou um retângulo no ar com tal leveza e elegância que parecia desenhar riscos no céu. Ficou quieto e atento à espera que um pássaro ou um bando atravessasse o espaço que isolava.
Não tardou que surgissem três pombas. Era um sinal claro que se aproximava um acontecimento feliz. E acreditou que devia ser uma menina.
Todos ficaram felizes!
Paulina logo que se levantou foi até à sala com a escrava Florónia, que a servia desde sempre.Atrás delas, vinha a pequenina Lavínia que não percebia o que se passava mas como todos se mostravam contentes também se sentia feliz.

Curiosidades:
.Áugures - homens que todos consideram capazes de adivinhar o futuro através da interpretação de sinais da Natureza como o voo dos pássaros.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

IX Capítulo - Alea Jacta Est



Os Flávios, os seus escravos e os seus criados estavam muito alegres pela "boa nova", apenas os "parentes de Arpino" estavam receosos com o que poderia acontecer a Terêncio e à sua amada.
Cómodo e Camilo trouxeram a noticia ao Palácio que Metela (oriunda de uma família muito antiga de Roma), a vestal mais bonita, tinha morrido.
O plano de Terêncio estava em marcha!
Queriam todos ir ver o espetáculo, que é levar uma vestal para a fogueira para ser queimada.
Só Paulina é que ficou em casa devido ao seu estado de gravidez.
Orlando e os dois irmãos estavam apavorados com o que podia acontecer.
Junto à pira funerária, encontravam-se já várias mulheres, vestidas de preto, a chorar em coro, como se entoassem uma cantilena muito triste.
O carro coberto de panos pretos, avançava devagarinho em direção à pira de troncos, onde as vestais todas de branco seguiam-no em passo cadenciadas e muito chorosas. Entoava o ruído dos passos dos cavalos.
Dois homens enrolados em capas aproximaram-se da pira com enormes tochas acesas para acenderem a fogueira.
De Terêncio nada!
Também lá estavam os sacerdotes encarregues da oração e da colocação do corpo no seu último poiso.
De repente, um carro de cavalos apareceu todo descontrolado e em pânico todos gritaram de terror porque ia haver um acidente entre o carro de cavalos e o carro funerário.
Subitamente, surgiu, no céu, uma águia que se pôs a voar em círculos sobre a multidão. E logo, uma voz masculina gritou: "Júpiter, a  águia de Júpiter!".
Todos acreditavam que a ave de Júpiter vinha conduzir a alma de Metela até ao céu e esqueceram-se do carro de cavalos.
Passado um tempo, todos acalmaram e o funeral continuou.
Os dois irmãos foram para a estalagem de Terêncio. Estavam curiosos!
Terêncio levou-os para o seu quarto, onde estava Sara, um corpo inanimado e uma velhinha caquética. Era a Rubila já disfarçada, com uma cabeleira postiça e uma camada de cera na cara que lhe puxava a pele e a cobria de rugas. Estava livre!
Metela, ainda sob o efeito do veneno parecia um cadáver, já com o cabelo rapado, faltava apenas escolher a cabeleira postiça que lhe tapasse a cara.
Terêncio e Metela estavam felicíssimos.

Tinham que partir. Iam de barco. Desciam o Tibre até Óstia. Mudariam para um trirreme (navio movido a remos e à vela) que os levaria a um sitio que era segredo, até mesmo para João.


Curiosidades:
1. Alea Jacta Est - Quer dizer "os dados estão lançados" ou "a sorte está lançada". Frase utilizada em situações que não permitem recuo.
Foi dita por Júlio César que depois de conquistar Gália voltou para Roma e decidiu infringir as leis e ultrapassar o território que lhe tinham destinado. E ao fazê-lo proferiu aquela frase, depois de fazer não podia recuar.

 2. Júpiter - Deus de Roma.


X Capítulo - Experiências novas e velhas


No dia seguinte, Paulina convidou Ana para a acompanhar às termas de Roma. Escolheram as piscinas mornas em vez das quentes.
Lavínia também foi com elas e com a sua ama, Florónia.
Como Paulina pertencia às elites romanas não podiam ir a pé, como lhe apetecia naquele dia, tão soalheiro.
Teriam que ir com os escravos (muito musculados) na liteira.
O edifício das termas era no meio de um jardim que parecia um palácio. Era a hora das mulheres que andavam num corrupio, nas lojas, nas compras ou com os filhos pequenos e com as escravas que os vigiavam.
No vestiário deram de caras com Sílvia.
Lavínia foi inconveniente e dirigiu-se a Sílvia a contar que ia ter uma irmã para brincar com ela.
Sílvia alterou-se completamente. O sangue afluiu-lhe ao rosto e ficou quase roxa. Avançou até Paulina, deu-lhe um safanão no ombro e disse: "Diz-me que é mentira".
Paulina firme e calma respondeu-lhe que não lhe dirigia a apalavra, não estava disposta a falar da sua vida privada com ela, apenas com o seu marido.
Posteriormente, Paulina dirigiu-se à piscina, onde todas as mulheres tomavam banho despidas com a maior naturalidade.

João acompanhara Cómodo e Camilo a uma espécie de clube onde faziam treinos para corridas de cavalos.
Os estábulos eram excelentes e os cavalos um espetáculo. Por todo lado, havia bandeiras, fitas vermelhas e muitos homens vestiam túnicas vermelhas porque era a cor do grupo.
João queria tanto conduzir um carro de quatro cavalos (quadriga) brancos que vira!
Combinaram que seria Cómodo a conduzir e só passaria as rédeas a João caso este se sentisse preparado para tal.
Saboreando o vento, João teve uma das melhores experiências da sua vida, teve coragem de receber as rédeas para conduzir os quatro maravilhosos cavalos brancos.

Já o senador teve uma experiência velha. Recebeu Sílvia no Senado, que o envergonhou em frente dos outros Senadores, que até tiveram pena de Flávio.
Sílvia empurrara o ex marido para perto de uma fonte. Chamou-lhe de mentiroso, que a tinha enganado.
Pela primeira vez na vida, Quinto Flávio achou-a feia e desprezível.
Sílvia disse-lhe que não devia ter engravidado Paulina porque tinham combinado outra coisa. Apenas tinha casado com Paulina porque ela assim o quis.
Quinto Flávio respondeu-lhe: "Se queres saber tenho muita vergonha de ter aceitado o casamento com Paulina para lhe caçar a fortuna. Foi um ato indigno a que tu me levaste, mas há males que vem por bem. Fiz muito bem em me divorciar de ti porque és venenosa, uma víbora. Ao lado de Paulina sou um homem feliz. Segue o teu caminho e deixa-nos em paz".
E foi embora.
Sílvia jurou vingança.

Curiosidades:
. Liteira - Espécie de carruagem que em vez de rodas tinha uns paus compridos para serem transportados aos ombros. Lá dentro, tem bancos forrados a couro e almofadas de penas.


segunda-feira, 28 de março de 2016

XI Capítulo - Chegou a hora

Três dias depois, Apolónio viu Sílvia no mercado das frutas e ficou alerta. Não era normal as senhoras comprarem comida. Se ela lá estava, era porque havia um fortíssimo motivo.
Oculto, por detrás de uma tenda, ficou a espreitar. Confirmou as suas piores suspeitas porque ela fez um sinal ao cozinheiro do Senador. O homem ficou alterado e tentou ir-se embora mas Sílvia obrigou-o a ir com ela para trás de uma tenda. Apolónio tentou deslocar-se para tentar ouvir a conversa, mas não conseguiu. Sílvia dava ordens ao cozinheiro, mas este parecia não querer aceitar e cumprir.
Apolónio regressou a casa, mas por azar, Cómodo e Camilo esperavam, pela sua chegada, no jardim, com ordens do Senador para que o acompanhassem ao Templo de Vénus. Apolónio seguiu-os.
Apolónio  quando teve oportunidade de estar, em casa do Senador com o cozinheiro, encostou-o à parede e o cozinheiro disse apenas que Sílvia falava com ele porque queria que fosse cozinhar para casa dela. Apolónio saiu da cozinha, desconfiado. Pensou que Sílvia não poderia ter dito ao cozinheiro para colocar veneno na comida, senão também mataria os seus filhos, mas para colocar qualquer outra substância para apenas matar Paulina. Dirigiu-se para a zona da dispensa mas não encontrou nada. Chamou a Florónia e pediu para que ela pedisse ao cozinheiro troncos de louro verde para perfumar as arcas da sua senhora Paulina e que tinha de ser naquele momento.
Mais tarde logo lhe explicaria a razão daquele pedido.
Florónia sempre se sentira atraída por aquele escravo grego tão bonito e tão inteligente, escolhido para ensinar os filhos da casa, capataz e secretário ao senador. Por isso era com muitas alegria que, naquele dia, o ajudaria.
Aproveitando a ausência do cozinheiro da cozinha e com a sua ida ao jardim,  Apolónio vasculhou tudo mas não encontrou nada. Os rapazes e o "avô" Orlando que vinham do seu passeio, estavam esfomeados. Sentaram-se todos à mesa e os escravos levaram a comida para o jantar.
Mas antes, Apolónio foi para o escritório com o Senador e contou-lhe das suas desconfianças.
Já estavam todos a comer , só faltava Paulina que aguardava a carne besuntada de garum. Quando Florónia lha apresentou, para estupefação geral, o senador retirou-lhe o prato das mãos e pousou-o na mesa junto de si. E ordenou que chamassem o cozinheiro, o Valério.
Quando este chegou, o senador disse-lhe que devia ter preparado aquele prato com toda a arte  e que estava com muito bom aspeto, mas podia ter exagerado no tempero pelo que queria que ele, cozinheiro, o provasse antes.

Todos que estavam à mesa perceberam, menos a pequena Lavínia que o senador desconfiava do cozinheiro, por isso estava  a pô-lo à prova.

Curiosidades:
.Naquela época os alimentos como batatas e esparguete ainda eram desconhecidos.

XII Capítulo - O veneno

O senador ordenou ao cozinheiro que comesse todo o prato.  O cozinheiro que tremia tanto, deixou-o cair no chão. Mas com o pouco que já tinha comido, a sua cara já estava verde. No entanto, o senador pediu para que apanhasse o resto e comesse. "Não te escapas!".
Estavam todos consternados!
Valério começou a chorar e a dizer que era um monstro, que merecia  a morte. Não tinha coragem para comer mais. Que tinha sido obrigado contra a sua vontade.
Cómodo e Camilo ainda perguntaram quem tinha dado a ordem. Mas o senador, desviou a conversa e ordenou que os outros escravos o levassem para um quarto e  o trancassem.
O senador não quis que os filhos soubessem a verdade  e respondeu-lhes que Apolónio tinha descoberto tudo, mas tinha sido por questões politicas.
Ainda tentaram dizer que quem ia comer era Paulina e não ele, mas o senador conseguiu desviar a conversa e disse, a Apolónio, que a partir daquele dia era um homem livre, já não era escravo. Mas se quisesse podia continuar naquela casa como liberto.
Para Apolónio era uma honra e principalmente porque a partir daquele momento teria o nome de família Flávio.
Entretanto, Valério estremecia no quarto porque o patrão estava lá com o Apolónio, só podia ser para lhe arrancar a confissão completa antes de o mandar matar.
Mas não precisou de relatar o que se tinha passado. Apolónio só queria saber onde estava o veneno.
Valério levou-os a uma dispensa onde se guardava a fruta e mostrou-lhes duas romãs que tinha esvaziado por dentro. Numa delas ocultava o pequeno frasco de vidro azulado ainda com algumas gotas de veneno. Noutra guardava uma bolsa com moedas que Sílvia lhe tinha dado para pagar o serviço. Entregou tudo ao patrão.O senador sabia que Sílvia, tal como o cozinheiro se desculpou, tinha artes de vergar qualquer homem, quanto mais um escravo...
O senador deu moedas ao cozinheiro e disse para que Apolónio o levasse para longe e o deixasse fugir.
Quando o senador voltou para a sala, deparou-se com Sílvia, que vinha buscar os filhos para irem viver com ela.
Cómodo e Camilo não gostavam de viver com a mãe, que consideravam que era um inferno.
O Senador era chefe de família podia tomar as decisões que quisesse sobre os seus descendentes. Ainda lhes perguntou o que queriam, mas como estes não responderam, o senador disse a Sílvia que ficava com os filhos e com o frasco de veneno que lhe podia ainda ser útil.
Sílvia que não sabia da descoberta, perdeu a cor, abriu e fechou a boca várias vezes, deu a volta e saiu de rompante, deixando atrás de si o cheiro acre de raiva.
Os dois rapazes disseram ao pai que não queriam ir viver com a mãe. O senador escondeu o frasco e perguntou aos filhos, se João se safava a andar a cavalo. Os dois responderam que sim.

                                                                                                                   

Curiosidades:
.Os escravos libertos tomavam o nome da família que os libertava.



XIII Capítulo - Veni, vidi, vici


Chegou o dia das corridas e a hora de toda a família ir ao Circo Máximo.
Augusto, o imperador também irá estar presente.
Os rapazes queriam desejar boa sorte ao Musculosus, condutor dos quatro cavalos brancos em que a fação dos vermelhos apostava na vitória.
Mas Musculosus não aparecia. Os rapazes, menos o João foram a casa daquele, saber o que se passava.
Entretanto, chegou o Imperador, homem ainda novo, alto e magro que erguia um braço com leveza e solenidade. Aos seu lado estava a sua esposa Lívia.
Mas a corrida não começava porque faltava Musculosus e a quadrilha dos quatro cavalos brancos. Não havia ninguém para os conduzir. De repente, João ofereceu-se. Saltou para o carro todo confiante e pegou nas rédeas.
Orlando e Ana iam morrendo quando viram o que se estava a passar.
O homem soltou o pano branco e foi dado o sinal de partida. As quadrigas dispararam lado a lado e foram ganhando velocidade até à primeira curva, onde a branca e a azul se distanciaram das outras duas.
Eram sete voltas, tantas quantas os ovos gigantes que tinham sido colocados numa trave de madeira.
Afinal Musculosus estava doente, na cama com muita febre.
Já só estava João, vestido de vermelho e o condutor vestido de azul. Era a última volta. Quase todos estavam eufóricos, de pé.
A vitória foi de João que, muito direito, louco de alegria, percorria mais uma vez a pista, agora devagar e acenando à multidão como se nunca tivesse feito outra coisa na vida. Cumprimentou o imperador e a rebentar de felicidade murmurava em latim e em português "veni, vidi, vici", "vim, vi, e venci".
Tinha sido uma excelente viagem no tempo, aquela que fizera a Roma. Um dia teriam de voltar senão os Flávios iriam ter saudades dos parentes de Arpino.
 

Curiosidades do Império Romano



Roma, a cidade das Sete Colinas

Roma é conhecida por Cidade das Sete Colinas porque os primeiros habitantes se instalaram na margem do rio Tibre , onde se erguem sete colinas: Palatino, Capitóio, Quirinal, Viminal, Esquilino, Célio e Aventino.
 



Lendas sobre a origem de Roma
As lendas mais conhecidas são: Os gémeos criados por uma loba, o rapto das Sabinas e a lendas das Eneias.




Os reis de Roma
Os historiadores consideram que Roma foi fundada no século VIII a.C.
Antes era habitada por muitos povos, os Latinos, os etruscos, os Lígures, entre outros.Os pastores latinos que se instalaram junto ao rio Tibre foram os fundadores de Roma.
Entre as sete colinas, havia muitos pântanos que foram drenados para obterem terras destinadas à agricultura e à construção. Ergueram casas, santuários, templos termas, edifícios destinados a reuniões e ao comércio que chamavam basílicas e abriram ruas e praças. O Fórum era a praça central, ao ar livre que passou a ser o lugar das reuniões dos cidadãos romanos, em que se discutiam assuntos importantes.
A primeira forma de governo dos romanos foi a monarquia. Durante cerca de dois séculos e meio sucederam-se, no trono, reis de origem latina, e outros de origem sabina e etrusca.
Os reis romanos não subiam ao trono por herança, eram escolhidos pelos homens das famílias nobres mais importantes.
Além de que o rei não tinha todo o poder, tinha de ouvir a opinião dos nobres reunidos em três tipos de assembleias:
.Senado - opinava sobre os assuntos mais importantes;
.Comícios curiais - que faziam as leis e escolhiam os reis;
.Comícios centuriais - que tomavam decisões sobre a guerra e a paz.

Segundo a tradição, o primeiro rei de Roma, foi Rómulo e o último foi Tarquínio, (o Soberbo) que não ouvia ninguém pelo que os Romanos descontentes com ele, decidiram expulsá-lo e escolher outra forma de governar, a República.



A República Romana
A autoridade máxima era realizada por dois cônsules eleitos só por um ano, assim evitava-se os abusos.
O senado e os comícios continuavam  a funcionar mas nomearam-se magistrados para tratarem de assuntos específicos. Os pretores encarregava-se da justiça, os edis organizavam a vida na cidade para que não faltassem alimentos e água potável, os jogos e os banhos públicos.
Na primeira fase da República, eram só os nobres que pertenciam ao senado e eram magistrados.
A sociedade romana dividia-se em três grupos: Os nobres ou patrícios ( que se dedicavam apenas à politica, à guerra e a negócios), os plebeus (homens livres que trabalhavam mas ganhavam pouco e não tinham direitos) e os escravos.
Com a República, os plebeus acreditaram que passariam a ter mais direitos, mas como não aconteceu, revoltaram-se.


A revolta dos plebeus
Os plebeus faziam muita falta à sociedade romana e como sabiam disso, em vez de pegarem em armas, saíram da cidade e foram viver para a colina de Aventino, onde se erguia o templo da Deusa Ceres (deusa da agricultura dos plebeus) e declararam que iriam construir a sua própria cidade. Os nobres como não sabiam viver sem os plebeus, pediram que voltassem e aceitaram que passassem a ter o direito de se reunir numa assembleia - o concílio da plebe - de escolherem magistrados que os defendessem e os protegessem do abuso de poder - os tribunos- que podiam vetar as leis (impedindo a sua aprovação) e as decisões dos nobres e até prender cônsules, se estes tomassem medidas que prejudicassem o povo. 

A Lei das Doze Tábuas
Como as leis romanas não eram escritas e baseavam-se em costumes, havia algumas injustiças.
Os tribunos da plebe exigiram leis escritas e os nobres aceitaram. Foram nomeados dez pessoas para tratar do assunto e as leis foram escritas em doze tábuas de bronze.


As grandes conquistas
Durante a Republica romana os exércitos da cidade foram vencendo as cidades vizinhas e conquistaram todo o território da Península Itálica e conseguiram ganhar aos gauleses (que viviam onde hoje é a França). Roma acabou a pouco e pouco por conquistar o território que hoje se chama de Itália e os seus exércitos foram-se organizando cada vez melhor.

As guerras púnicas
Quando já dominavam toda a península Itálica e dispunham de navios para comerciar no mar Mediterrâneo tiveram de se defrontar com os seus concorrentes, os Cartagineses.
Estes viviam em Cartago, no norte de África, mas tinham fundado muitas colónias em várias ilhas, a maior situava-se em Sicília.
Às lutas entre os Romanos e Cartagineses chamaram-se de guerras púnicas. Umas vezes ganhavam uns e outras os outros porque ambos os exércitos eram fortes.
As lutas foram muitas mas acabaram por vencer os Romanos que dominaram todas as terras dos Cartagineses. E depois continuaram a querer conquistar mais terras e aos poucos conquistaram a Macedónia, a Grécia, a Síria, Pérgamo e Egito. 



Os Romanos e os Lusitanos
Na Península Ibérica, os Romanos tiveram grande dificuldade em vencer no interior, sobretudo por parte dos Lusitanos, que lutaram bastante.
Lutaram durante 200 anos. O nome mais conhecido, desta luta, foi Viriato, que era um homem bravo, astuto e reto.
Como era impossível vencer Viriato em guerra, um Romano chamado Servílio Cipião deu dinheiro aos lusitanos de fraco carácter para que estes matassem Viriato enquanto dormia na sua tenda. Foi então traído e morto por um dos dele.

Partindo da Península Ibérica, os exércitos romanos atravessaram os Pirenéus e conquistaram a zona da Gália Narbonense (hoje sul de França e uma parte do norte de Itália).



Os Gracos
Roma dominava cada vez mais terras em redor do mar Mediterrâneo, no entanto, a vida dos plebeus porque os povos vencidos tornavam-se escravos, era cada vez pior. Os nobres aproveitavam-se da situação e ao invés de contratarem homens livres tinham os escravos à sua mercê.
No século I a.C., dois irmãos da família Graco, que eram nobres tentaram que as leis fossem alteradas por forma a proteger os plebeus e as suas terras, para que os grandes senhores não as comprassem.
Mas alguns nobres revoltaram-se e Tibério Graco foi assassinado e o seu irmão Caio acabou também por se suicidar.
No entanto, apesar dessa tragédia, alguns nobres formaram um partido para defender os mais pobres, o partido popular, que se opunha a um outro partido que defendia os ricos, o partido senatorial.

Com o partido popular, todos os habitantes de Itália adquiriram o direito a serem considerados cidadãos romanos, ou seja, podiam, por exemplo, gozarem de proteção do exército e podiam votar quando havia eleições.

Mário e Sila
Mário tornou-se famoso por ter sido um grande general que reorganizou todo o exército romano, podendo todos se alistar, pobres e ricos. O exército passou a ser permanente, e podiam ficar pelo menos durante 10 anos.
O exército era formado por legiões com cerca de 6000 homens comandados pelo general. As legiões subdividiam-se em grupos de 100 homens, as centúrias, comandadas por um centurião, que por sua vez, eram comandadas por um tribuno.
As armas também forma aperfeiçoadas e o símbolo escolhido, foi a águia, ave consagrada pelo deus Júpiter.
E assim, forma ganhando riquezas e tornaram-se muito poderosos.
Sila, discípulo de Mário, também se tornou num general muito conhecido, passando a depois da morte de Mário, que pertencia ao partido popular ao contrário de Sila, que era do partido senatorial, a aproveitar-se do seu poder e a massacrar os partidários de Mário, o que desencadeou várias revoltas.


A revolta dos escravos
Neste período, uma das grandes revoltas foi comandada pelo gladiador chamado Espártaco que juntamente com outros gladiadores e com o povo  num total de 60 000 homens lançaram o terror em toda a Itália, no entanto, foram derrotados pelas legiões.


O Senado e os senadores
Durante toda a República, os senadores reuniam-se constantemente em Roma para debater todo o tipo de assuntos, na Cúria. Cada senador tinha um lugar próprio para se sentar e só os senadores é que falavam. Os outros cidadãos apenas podiam ouvir os debates e as discussões.
Os que melhor falavam mais impressionavam e maior êxito conseguia na sua carreira política. Alguns senadores tornaram-se também advogados e defendiam causas perante a justiça.
Cícero foi um dos senadores mais célebres da época.

Uma aliança secreta- O primeiro Triunvirato
No ano 60 a.C, Crasso, Pompeu e Júlio César decidiram fazer uma aliança secreta que recebeu o nome de triunvirato.
Júlio César foi o mais notável. Combateu os gauleses, enquanto Crasso combateu no oriente, onde morreu e Pompeu começou por enfrentar os piratas que infestavam o Mediterrâneo. Depois regressou a Roma onde foi cônsul e não aceitou o pedido de César para continuar na Gália.
Nessa altura, Júlio César também decidiu regressar a Roma com as suas legiões e decidiu passar o Rubicão no Norte de Itália, que era o limite do território até onde os exércitos podiam avançar. Quando atravessou o Rubicão terá dito uma frase que se tornou célebre: “alea jacta est” que significa “os dados estão lançados”. Como infringiu a lei, ou vencia ou era vencido.
Pompeu fugiu para o Egipto, e Ptolomeu, o rei, mandou que lhe cortassem a cabeça e a enviassem a César, que reagiu mal e desencadeou uma batalha contra Ptolomeu que acabou por morrer em combate.



César e Cleópatra, a rainha do Egito
Depois de derrotar Ptolomeu, César foi para a Alexandria, capital do Egito. A irmã de Ptolomeu, Cleópatra, como desejava o poder decidiu seduzir César. Enrolou-se num tapete e mandou um servo ir levar-lho de presente. Quando César desenrolou o tapete e viu aquela mulher lindíssima ficou encantado. Os dois viveram um romance que ficou na história e que inspirou muitos artistas.

César, antes de voltar a Roma, travou uma batalha contra o rei do Ponto, no mar Negro. Aí terá declarado orgulhosamente, “veni, vidi, vici” ou seja, “vim,vi, venci”.
Foi nomeado ditador para toda a vida e passou a ser adorado nos templos como se fosse um descendente da deusa Vénus.
Por essa razão, foi alvo de uma conspiração em que  decidiram o matar precisamente numa sessão do senado.
Ainda houve quem o avisasse mas não quis acreditar.
O último a espetar-lhe um punhal foi o seu filho adotivo, a quem ele perguntou, antes de morrer: Também tu, Brutus, meu filho?


O segundo Triunvirato

Depois da morte de César, três homens fortes e cesaristas juntaram-se e formaram um novo Triunvirato, na intenção de dividirem entre si o governo no mundo romano.
Esses homens foram Marco António, Octaviano César e Lépido.
Dividiram o território para governar até que entraram em conflito entre si. Marco António casou com Cleópatra, de quem teve filhos. Mas foi um escândalo e Octaviano acabou por o derrotá-lo e Marco por se suicidar, tal como Cleópatra, para evitar ser morta em Roma.

Império Romano

Octaviano, depois de derrotar Lépido e Marco António, ficou senhor único do mundo romano. Os senadores concederam-lhe até a honra de ter o nome de Augusto, que só de dava aos deuses. Acabou por ser adorado como um Deus. Deu-se bem com os senadores, mas também distribuiu benefícios pelos povos das regiões conquistadas. Assumiu o comando supremo de todos os exércitos e favoreceu artistas, escritores e poetas. 
Assim, se iniciou o Império Romano. Augusto governou desde o ano 27 a.C. até ao ano 14 d.C., foi o primeiro imperador.

Sucederam-lhe várias dinastias de imperadores, que se consideravam como deuses e muitas vezes eram grandes tiranos, e cometeram as maiores atrocidades, como Calígula, que deu um cargo politico ao seu cavalo e mandou matar muita gente. Como Nero. que mandou matar a própria mãe, o seu irmão e as suas duas esposas.

Já o imperador Trajano governou com paz e prosperidade. Tal como a dinastia de Adriano e Marco Aurélio.

O cristianismo e as perseguições aos cristãos
Na época do imperador Augusto, a Palestina já pertencia ao Império Romano. Na Palestina vivia o povo judeu, que praticava uma religião monoteísta, ou seja, adorava um único Deus - Jeová.
Jesus Cristo nasceu na Palestina e era judeu, mas depois de adulto, abandonou as práticas do judaísmo e pregou uma nova religião, o cristianismo.
Foi considerado uma ameaça e apesar de nada existir contra ele foi condenado à pena máxima - crucificação.
Os apóstolos de Jesus continuaram a espalhar a sua palavra e mensagem, muita gente se converteu à nova religião.
Os Romanos eram politeístas, adoravam muitos deuses e não aceitavam os cristãos, pelo que, foi ordenado, muitas vezes, massacres coletivos. Foram queimados em fogueiras, outros pregados na cruz e lançados a feras.
Mas os cristãos apesar dos sacrifícios  mantiveram-se firmes na sua fé. 
Só no ano de 313, o imperador Constantino pôs fim às perseguições e deu liberdade de culto aos cristãos assinando o Édito de Milão.
No ano de 391 o imperador Teodósio reconheceu o cristianismo como religião oficial do estado romano e mandou encerrar os templos de todas as outras religiões.

A queda do Império Romano
Depois da morte de Teodósio, no ano de 395, o Império romano dividiu-se em dois: o Império Romano do Oriente, que incluía territórios desde a Grécia à Ásia Menor, grande parte do Norte de África, incluindo o Egito, ilhas de Chipre e de Rodes. 
O Império Romano do Ocidente, que abrangia a Itália, a Península Ibérica, a Gália, a Britânia, as ilhas de Córsega, Sardenha, Sicília e Baleares e ainda uma faixa do Norte de África.
A partir do século IV, o Império Romano começou a ser invadido por povos Bárbaros e foi sendo conquistado em parcelas e dando origem a novos reinos.
O Império Romano do Oriente manteve-se mais dez séculos, até ao ano 1453, data em que os turcos otomanos conquistaram Constantinopla.


A família romana
Os romanos valorizavam muito a família, inclusivamente, os seus antepassados, de quem faziam mascaras de cera que exibiam nas paredes.
O núcleo familiar era constituído pelo pai, pater famílias, que tinha a autoridade absoluta sobre a mulher, sobre os filhos, sobre os criados, sobre os escravos e sobre os escravos libertos.
Era permitido o divórcio. O homem é que decidia e podia depois casar com outra mulher. Apesar de que e desde que a família concordasse, a mulher também podia pedir o divórcio.
As mulheres nobres, as matronas, gozavam de muita liberdade e eram muito respeitadas. Visitavam amigas, iam às compras, às termas. Deslocavam-se nas liteiras, porque não era bonito as mulheres nobres andarem a pé.
A adoção era um hábito entre os romanos, mesmos os que já tinham filhos.
Além da sua família, os nobres sustentavam um grupo de homens livres a que chamavam clientes.


Deuses, adivinhos e práticas religiosos
Os Romanos eram politeístas, ou seja, adoravam vários deuses. O Deus supremo era Júpiter, e Juno a sua mulher. 
Na época do império, os imperadores passaram a ser considerados divinos e venerados como autênticos deuses.
Entre os romanos havia muitas cerimónias, rituais e festas religiosas que decorriam nos templos para prestar culto aos deuses, em altares ao ar livre ou em casa de nobres.
Além de rezas, invocações, sacrifícios de animais e manutenção de fogos sagrados, os romanos dispunham de práticas de adivinhar o futuro. Essas práticas estavam a cargo dos áugures, homens nobres a quem era reconhecida capacidade de adivinhação, porque captavam certos tipos de sinais, como o voo das aves, o comportamento de certos animais vivos, ou observando as vísceras de animais sacrificados. Sempre que havia um acontecimento importante para Roma, os responsáveis convocavam o áugure para fazer o augúrio.

A palavra inauguração que significa cerimónia de abertura tem origem nesta prática romana.

Quando eram chamados vestiam uma toga especial, empunhavam um bastão curvo muito trabalhado, como símbolo do seu poder, e eram muito bem pagos pelos serviços que prestavam.


Diversões, jogos e espectáculos

O calendário romano tinha muitos dias festivos dedicados aos deuses. Chegaram a ser 150 por ano. As diversões podiam ser jogos, lutas entre gladiadores, peças de teatro, leitura de poemas, corridas de cavalos, lutas entre animais: leões contra tigres, touros contra leões, elefantes contra tigres, etc.

Inicialmente, as lutas realizavam-se em praças com bancadas mas depois foram construídos estádios, teatros e circos de tijolo e pedra.

Nas lutas de gladiadores, o povo romano ficava muito entusiasmado, tal como nas corridas de cavalos que eram realizados em circos. As corridas mais apreciadas eram as de carros de quatro cavalos, as quadrigas. Já existindo o hábito de fazer apostas.

Como os romanos davam grande importância à higiene do corpo e construíram edifícios imponentes especialmente destinados a banhos públicos, as termas.

Construíram aquedutos para captar água doce e transportá-la para onde fosse necessária de modo a abastecerem as vilas e as cidades.

Construíram tanques, sistemas de regas para os campos, sistemas de circulação de água para as habitações mais ricas. Só os pobres que viviam em prédios é que não tinham abastecimento de água, mas não faltavam fontes espalhadas pelos bairros de Roma e de outras povoações do império.

As termas eram geralmente decoradas com mármores, estátuas e mosaicos representando cenas variadas. Tinham aquecimento central  à base de lenha. Havia compartimentos para os cidadãos trocarem de roupa, porque se banhavam nus, outros para a prática de desportos como corrida, jogos de bola, etc. Havia também salas para as pessoas conversarem e suavam (espécie de sauna), havia piscinas de água fria.

Junto às termas, geralmente rodeadas de jardins, existiam bibliotecas, museus, vendas de comida, lojas com todos os géneros de produtos.

As mulheres e as crianças iam ao principio da tarde, e os homens ao fim da tarde, porque os mesmos edifícios serviam para ambos os sexos e eram usados por pobres e ricos porque eram gratuitos e local de encontro e convívio.


A contagem do tempo entre os Romanos

O ano dividia-se em 12 meses: Januário, Februário, Márcio, Abril, Maio, Junio, Julio (em honra de Júlio César), Augusto (em honra de Augusto), Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro. O primeiro dia de cada mês chamava-se Calendas. O décimo e quinto dia dos meses de Márcio, Maio, Júlio e Outubro chamavam-se Idos. Nos outros meses os Idos eram o 13.º dia.

A semana tinha 7 dias com os seguintes nomes: Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vénus, Saturno, Sol.

As horas dividiam-se em horas do dia (hora prima, secunda, tertia, quarta, quinta, sexta, septima, octava, nona, décima, undécima, duodécima e acabava ao pôr do sol) e horas da noite que eram oito e se chamavam vigílias. O instrumento que marcava as horas eram os relógios de sol colocados em jardins particulares ou em lugares públicos. Os relógios de água, as clepsidras também eram usadas, mas apenas marcavam a passagem do tempo.